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Plantio de milho em ritmo intenso no RS

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Lavouras estão se desenvolvendo de forma positiva animando os agricultores da região Norte
O Estado destinou 1.056.730 hectares de milho nesta safra, uma redução de 5,55% comparada com a safra passada. Até o momento, cerca de 30% da área já fopi semeada. No Norte gaúcho, a situação é semelhante. Conforme o agrônomo da Emater Regional, Claudio Dóro, as áreas destinadas à cultura estão dessecadas e muitos agricultores estão aguardando o retorno da umidade do solo para retomar a semeadura ou iniciá-la. A semeadura do milho avançou mais nas regiões de Frederico Westphalen e Sarandi e as lavouras já implantadas estão com bom stand de plantas e padrão de lavouras sem problemas com pragas e doenças.
Nas proximidades de Chapada, os produtores rurais estão encerrando o plantio das lavouras de milho. A antecipação na semeadura é uma precaução que os produtores decidiram tomar em relação ao clima mais seco durante o período crítico da cultura, que ocorre geralmente depois dos 70 dias da planta ter emergido do solo. O técnico agrícola da Cooperativa dos Agricultores de Chapada, Renato Opelt, disse que o temor de geadas tardias, que poderiam afetar a cultura, está praticamente afastado. “A partir de agora somente uma situação isolada de queda brusca de temperatura com fortes geadas poderia trazer medo para dentro das propriedades rurais, que investiram no plantio do cereal”, comenta o técnico agrícola.
No Estado
De acordo com Opelt, está se confirmando uma redução na área do milho na casa dos 15%, em relação à safra 2011/2012. Entre os motivos que influenciaram na decisão do produtor está a estiagem que castigou mais o grão do milho, do que, o da soja, e o preço da oleaginosa que vem batendo acima dos R$ 70,00 a saca. “Outro detalhe que o produtor está levando em conta é o custo de produção, pois para formar um hectare de milho é necessário um investimento de R$ 2 mil, enquanto a soja, no mesmo espaço de terra, exige gastos pela metade”, explica. Segundo o técnico agrícola, quem decidiu plantar milho realizou investimentos em alta tecnologia, objetivando recuperar parte das perdas causadas pela estiagem da safra passada, que reduziu a produtividade em mais de 50%.
“O produtor neste momento está bem otimista projetando safra com produtividade sempre acima das 180 sacas, chegando nas 200. Tem aqueles que investiram para colher até acima das 200 sacas por hectare”, comenta Opelt. Ele adianta que pelo menos até o momento o clima está dentro da normalidade, mesmo salientando, que poderia ocorrer mais chuvas. “Não está faltando umidade para o desenvolvimento das plantinhas. O momento de maior necessidade vai acontecer daqui mais dois meses, ou seja, quando a cultura entrar no período de pendão e depois formação e enchimento do grão.
No período crítico a planta consome em média 5 milímetros de água por dia. “No ano passado nesta época os agricultores estavam começando a intensificar o plantio do milho, e este ano já estão concluindo a semeadura”, comenta.
Produtor opta pela redução de área
O produtor rural Renato Augusto Ahlert, plantou neste ano em sua granja localizada em Colônia Dona Júlia, 10 hectares com milho. Nos cerca de 200 hectares que possui já chegou a semear 30% da área, com milho. “O cereal é uma cultura muito imprevisível quando comparado com a soja, que nos dá mais garantia na hora de investir nas espécies de grãos, no caso soja ou milho”, explica o produtor. Ahlert confirmou que em relação ao ano passado encolheu mais 15% da área plantada com milho. Ele lembra que colocar perto de R$ 2 mil para formar um hectare de milho, que é uma cultura mais vulnerável as variações climáticas negativas, é um fator que pesou na hora de decidir quanto. “Coloquei insumos para colher perto de 200 sacas por hectare. Todos investiram para recuperar o que foi perdido na última safra. O que poderá acontecer é termos mais grão no ano que vem e menos preço, processo inverso do atual”, comenta.
Para o produtor, o governo precisa adotar mecanismo que não causem tanta oscilação no mercado do milho. “Como o custo de produção é alto muitos ficam com medo, como eu, e acabam optando por plantar mais soja”, completa o produtor.
Com 100% das plantas com média de 5 centímetros, o agricultor garante que a produtividade da sua lavoura agora só dependerá do clima.

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